A raposa e o porquinho

Era uma vez uma raposa que mandava numa fazenda com a ajuda de um porquinho malandro demais. Eles tinham um arranjo: a raposa dava uma bolada ao porquinho e cuidava dele, e o porquinho botava seu grupo à disposição da raposa. Mas a raposa era uma negação e a fazenda tava um bagaço. Os bichos se zangaram com eles e nas eleições de 2022 eles perderam um bocado de voto.

A raposa ficou apavorada, preocupada em perder a própria reeleição que tava chegando e resolveu baixar a bola do porquinho, dizendo que precisava guardar grana pra sua campanha. O porquinho disse que tava de boa, mas que nesse caso ele também iria disputar em 2024. Avisou que seriam então 4 candidatos: ele, a raposa, um correndo por fora e o ex-aliado deles que foi largado no meio do caminho, mas que tem ficado muito popular. Ele previu que a raposa levará fumo do ex-aliado, que é mais competente e está bem forte. Ao final, o porquinho confessou-se que não liga pro ex-aliado, que já não lhe deve nada. Mas que esperava muito mais da raposa, que tinha sido bastante favorecida por ele.


A raposa tremeu, disse ter ficado arrependida de tentar largar o porquinho e pediu desculpas a ele, fazendo juras de união eterna. Mas agora, o porquinho tá cabreiro com a raposa e acha que pode ser chutado por ela quando for reeleita. 


E assim estão dois políticos espertos e interesseiros que se juntaram por conveniência e agora vão se trair por ambição.


Texto inspirado em George Orwell e sua Revolução dos Bichos

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