A EXEMPLO DO PAI, SARNEY FILHO BUSCA REFÚGIO FORA DO MARANHÃO


O ex-presidente José Sarney teve que buscar refúgio no Amapá, em 1990, após sentir que não teria partido e nem condições de enfrentar o ex-governador Epitácio Cafeteira, que havia se desincompatibilizado do cargo para disputar o Senado da República na eleição majoritária em que Edison Lobão virou a eleição no segundo turno e derrotou João Castelo, agora é o filho quem está tendo que se refugiar em Brasília, após ser derrotado nas urnas para o Senado.

Quando deixou a Presidência da República, José Sarney conseguiu um mandato de senador pelo recém criado por ele Estado do Amapá e por lá ficou até não ter mais condições de se reeleger, retornando ao Maranhão em 2018 para comandar a campanha da filha ao Governo e do filho ao Senado, mas perdeu as duas, num claro sinal de decadência e falta de liderança.

As eleições no Amapá ocorreram em 1990, como parte das eleições gerais no Distrito Federal e em 26 estados. Foram escolhidos o governador Aníbal Barcelos, o vice-governador Ronaldo Borges, os senadores José Sarney, Henrique Almeida e Jonas Borges, oito deputados federais e vinte e quatro estaduais; sua primeira representação política completa desde a elevação a estado pela Constituição de 1988. Sarney viria depois comandar o Senado em várias legislaturas.

Sem a estatura do pai, que a essa altura não possui mais o prestígio de outrora e nem dispões dos meios para obrigar aliados aceitar suas vontades, Sarney Filho, até para se firmar como secretário da pasta do Meio Ambiente no GDF, uma secretaria insignificante e sem importância na estrutura do Distrito Federal, terá primeiro que quebrar resistência internas do Partido Verde de Brasília, que já se manifestou contra e promete fazer barulho contra a iniciativa do governador eleito Ibaneis em convidá-lo para compor o primeiro escalão do GDF.

Sem perspectiva de futuro político no Estado e com a família sendo aposentada compulsoriamente da política local pelas urnas em 5 de outubro, só resta a Sarney Filho se agarrar a essa possibilidade de assumir um cargo, por menor que seja, na esperança de continua na arena política, embora não mais como protagonista, mas como um mero coadjuvante.

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