Eleições chegando


Ano de eleição chegando e os pretensos candidatos começam a surgir por Coelho Neto, alguns até são novidade, já outros são velhas raposas bastante conhecidas da população. A exemplo do ex-prefeito de Coelho Neto, Soliney Silva (MDB), que mesmo sendo ficha suja e, portanto, inelegível, pretende lançar um dos filhos na disputa eleitoral deste ano. 

A questão é que o clima familiar na casa Silva não é dos mais amistoso, e a já faz algum tempo que a família não anda tão unida. Segundo pessoas ligadas a Soliney, o filho que irá para a disputar é Bruno Silva, que já tem andado pela cidade buscando apoios e lideranças. Contudo, o filho mais velho, Soliney Filho também almeja a disputa por uma vaga no parlamento estadual, considerando-se o herdeiro natural e sucessor do pai na política, para isso já vem se articulando por cima, buscando apoios de políticos e lideranças de nível estadual. 

Bruno Silva (esq) tem side dedicado a conversas com políticos locais

Mas na vida em tudo há um porém, e se tratando de Soliney os “porém” são muitos. Primeiro que o ex-prefeito colocou o destino de toda a família nas mãos da Justiça Federal. Desde março de 2017, todos os integrantes da família respondem a um processo por um improbidade administrativa. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a análise de relatórios financeiros apontou vultuosas transferências bancarias com recursos com FUNDEB de Coelho Neto beneficiando não só o “ex-prefeito, mas ainda sua esposa, Mara Suely Almeida e Silva, e os filhos Bruno José Almeida e Silva, Soliney de Sousa e Silva Filho e Marcelo Henrique Almeida e Silva”. 

Um processo, que se julgado até o final de julho, pode deixar toda a família Silva sem o direito de votar e ser votada, inviabilizando assim as pretensões tanto de Soliney Filho como as de Bruno Silva. 

Mas se não bastasse os problemas judiciais, há também os problemas políticos. Desde que Soliney saiu da prefeitura de Coelho Neto, ele caiu em descrédito diante toda classe política, tanto municipal quanto estadual. Isso se deve em grande parte a forma truculenta de como ele administrava o município, muitas vezes com autoritarismo, tapas na mesa ou gritos. Soliney não recebia os aliados, sempre engando, marcando reuniões em horários e locais onde nunca aparecia ou simplesmente mandava dizer que não estava. Atraso no pagamento de salários era frequente na gestão do ex-prefeito, bem como o calote em fornecedores, o prédio da prefeitura chegou a ficar um mês com o fornecimento de energia cortado, tamanho era o descaso. 

Soliney Filho (centro) tem se dedicado a conversar com políticos maranhenses

De tão problemático que é, Soliney não pode sequer votar nas últimas eleições, pois havia aprontado alguns dias antes e teve que fugir do município escondendo-se em Teresina. 

Os filhos de Soliney podem e até devem pleitear um cargo público, é direito de todos, mas não serão missão fácil levando em conta os muros que o ex-prefeito construiu na cidade e região.

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