Assim podemos classificar os "desajustes" do Governo Federal no trato com os Municípios em 2017. Enquanto em 2016
os municípios foram fortemente "irrigados" com repasses do federais, em este a penúria tem
sido total.
Quem consulta o Demonstrativo de Repasse aos Municípios do Banco do Brasil, e compara os valores de 2016 com
2017 salta os olhos com tanta distorção. Em Coelho Neto, no ano de 2016, mês de
agosto, a cidade recebeu mais de R$ 24 milhões de reais em repasses federais. Já
este ano, no mesmo período, Coelho Neto recebeu menos de R$ 7 milhões de reais.
Isso dá uma diferença de aproximadamente R$ 17 milhões de reais em um único
mês.
No geral, a diferença entre 2016 e 2017 chega a mais de R$ 21 milhões de reais, isso em apenas 8 meses. Não custa lembrar, que não vimos em 2016 esse dinheiro sendo aplicado em beneficio da população, revestido em obras, serviços ou pagamentos de direito trabalhistas dos servidores.
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Consulta ao demonstrativo BB releva que Coelho Neto em 2017 recebeu menos dinheiro que 2015 |
Se aprofundarmos um pouco mais nossa pesquisa, vemos que em 2017 foi repassado menos dinheiro que o ano de 2015. Em relação a 2015 são R$ 1 milhão de reais a menos, uma distorção não tão grande, mas ainda assim difícil de compreender. Vamos recordar que anualmente salários são reajustados, impostos também e os valores dos serviços. Por exemplo, o salario minimo em 2015 era de R$ 788 reais, enquanto este ano o valor é de R$ 937 reais, são R$ 149 reais a mais para cada servidor que recebe o minimo, enquanto a cidade recebeu R$ 1 milhão a menos. Isso citando apenas o aumento do salario minimo como exemplo.
O mais curioso é que ninguém sabe porque ano passado
tinha tanto, e esse ano tem tão pouco. A situação em Coelho Neto só não é pior porque a Gestão Municipal tem agido com responsabilidade no uso dos recursos públicos. Contudo, se a onda de cortes do governo Temer não parar, a situação pode ficar ainda mais difícil.
Lembrando hoje há cidade no Maranhão que pagaram salários de professores com atraso de até dez dias, como já aconteceu em Chapadinha; teve cidade que o prefeito anunciou que não tinha como pagar os salários dos servidores, a exemplo de Bacuri; ou então como em São Mateus, onde a prefeitura suspendeu o inicio das aulas e parcelou salários dos servidores.
A tesoura do Governo Federal tem sido pesada, e a conta são os municípios que estão pagando.
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