"Tem que manter isso" teria dito Temer sobre R$ 500 mil de proprina para Eduardo Cunha |
Deputados federais pediram o impeachment do presidente da República, Michel Temer (PMDB), no plenário da Câmara na noite desta quarta-feira (17), após a revelação de um áudio em que o peemedebista supostamente pede para comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A denúncia foi publicada no site do jornal "O Globo".
O deputado Afonso Florence (PT-BA) foi um dos parlamentares que gritaram pelo impeachment de Temer. Segundo ele, "se for confirmada a veracidade do conteúdo [da gravação], acabou o governo".
Se isso é verdade, a gravação tem de ser verificada, mas isso incinera o governo, a reforma da Previdência. [Tem de ter] o impeachment imediatamente, fica insustentável. O processo tem de tramitar, mas é inexorável", afirmou.
Quando o grupo de cerca de 20 parlamentares começou a gritar pelo afastamento de Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a sessão e se retirou do plenário. Questionado por jornalistas, ele limitou-se a dizer que "não há mais clima para trabalhar".
O deputado José Guimarães (PT-CE) disse que se já havia motivos para mover um impeachment contra Temer, agora a situação é "muito grave".
"Ou se faz isso de abrir o impeachment ou não se faz mais nada no país", declarou.
Senadores também repercutem denúncia
Senadores também discutem Impeachment |
A denúncia também repercutiu no Senado.
No plenário, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) informou que os parlamentares que fazem oposição ao peemedebista estão "começando a discutir a apresentação de impeachment imediatamente" do presidente Michel Temer. "É uma crise gravíssima na história do país", comentou, antes de ler, ofegante, a reportagem publicada pelo jornal "O Globo". O petista anunciou que a bancada iria se reunir para tratar dos termos do pedido.
"Nada me surpreende. Do que está acontecendo no Brasil, só falto ver chover pra cima, o resto tudo eu já vi. Agora estou achando bonito, hilário o comunicado do senador Lindbergh. Não seria o sujo falando do mal lavado", rebateu base do governo. "E delação agora vale? Porque para o PT delator nunca valeu nada. Agora o delator do Temer vale", completou, sendo interrompido pelo petista: "vale porque tem prova, tem gravação".
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