Segundo apurou o jornal Folha de São Paulo, interlocutores de Temer negociam para que na sessão desta quarta-feira (7) do STF seja alterado o rumo da votação do processo que determina que um réu ocupe cargos na linha sucessória do presidente da República.
A estratégia tem dois objetivos: tentar manter o aliado Renan no posto, mesmo depois de o ministro Marco Aurélio Mello conceder liminar afastando-o da presidência do Senado, para assim garantir a votação do teto dos gastos públicos na próxima semana.
Publicamente, o Palácio do Planalto diz que não vai interferir no processo para não tomar partido de uma ala e se desgastar com outra. Nos bastidores, porém, aliados de Temer decidiram traçar a estratégia para socorrer Renan.
O objetivo é convencer alguns dos seis ministros a alterarem seus votos, e aprovar apenas que réu não pode ficar na linha sucessória presidencial, mas não seria afastado do cargo. O julgamento havia sido interrompido depois de um pedido de vistas do ministro Dias Toffoli, mas o placar do julgamento já tinha maioria para afastar pessoas nesta condição. O que, por sinal, ajudou a basear a decisão de Marco Aurélio ao conceder liminar para afastar Renan, que virou réu no Supremo Tribunal. Trabalhas-se justamente para reverter esse placar.
Temer reuniu-se com Renan e o líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), no Palácio do Planalto, quando foi discutida a situação do presidente do Senado e também uma articulação para garantir a votação do teto.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo.
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