O que dizer dos postos de saúde

Até nos postos de saúde a CGU meteu o bedelho, conversou com servidores, pacientes e a comunidade em torno. No final, a analise é que faltou de tudo, só não faltaram reclamações. A proposta dos técnicos era avaliar a existência das Unidades Básicas de Saúde, também verificar se suas instalações estavam em conformidade com o que ordena o Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde.

Para isso a equipe de fiscalização visitou às seguintes Unidades de Saúde: Centro de Saúde São Francisco, Unidade de Saúde da Família Marly Sarney, Unidade de Saúde João Paulo II e Posto de Saúde Monte Alegre. Sim leitores e amigos, eles foram nesses postos de saúde e conversaram com todos. 

Vamos agora às conclusões da CGU:

Sobre a unidade de saúde Marly Sarney, foi concluído o seguinte. Faltam sala para administração, sala de reuniões e educação em saúde, sala para os Agentes Comunitários de Saúde, sala de procedimentos e banheiro para deficientes. A sala de espera existente não dispõe de assentos compatível em número com a demanda. Faltam equipamentos como: esfigmomanômetro, estetoscópio e foco de luz. A autoclave, embora existente, não estava em funcionamento na ocasião da fiscalização.   

Problemas relacionados também ao consultório odontológico, lá foi encontrado apenas um consultório odontológico, quando, de acordo com o Ministério da Saúde, deveriam ser dois, levando em conta que aquela Unidade de Saúde abriga duas Equipes de Saúde da Família.





Quanto ao Centro de Saúde São Francisco, unidade participante do processo de avaliação da qualidade PMAQ-AB, a CGU fez o seguinte relato. Faltam sala de procedimentos e sala de Agente Comunitário de Saúde, assim como no Marly Sarney a sala de espera é insuficiente para abrigar 30 pessoas, capacidade mínima exigida pelo Ministério da Saúde. Também faltam equipamentos, coisas como cadeiras de rodas, foco de luz, balança antropométrica (capacidade mínima 150 kg). A autoclave, embora tenha uma lá, não está em funcionamento. O único consultório odontológico não possui amalgamador. Vale ressaltar que essa unidade também deveria possuir 2 consultórios odontológicos, pois em suas instalações trabalham 02 equipes de Saúde da Família com Saúde Bucal. 





Vamos agora a Unidade de Saúde João Paulo II, assim como a Unidade São Francisco, essa também participa do processo de avaliação PMAQ-AB. 

Aqui a CGU diz o seguinte. Essa unidade de saúde além de não possuir sala de administração, não dispõe de sala para realização de reuniões de equipe, atividades internas dos Agente Comunitários Saúde e atividades de educação permanente. Pisos, paredes e teto encontravam-se em precárias condições. Faltavam glicosímetro, lanterna clínica, negatoscópio e otoscópio. Também aqui a autoclave, embora estivesse lá, não estava em funcionamento. Quanto ao consultório odontológico faltava fotopolimerizador, não existia na ocasião da fiscalização curetas cirúrgicas, escavadores de dentina nos 5/11,5 e escavadores para pulpotomia. 


E como nos outros casos, a Unidade de Saúde possuía apenas um consultório odontológico, quando o mínimo exigido pelo Ministério de Saúde são dois, tendo em vista que aquela, assim como as outras unidades avaliadas, trabalham duas Equipes de Saúde da Família com Saúde Bucal. 




Desse aqui eu dei risada viu, descaso demais meu povo. É o posto de Saúde lá do Monte Alegre.

As conclusões da CGU são basicamente as mesmas dos outros falados anteriormente. Não dispõe de espaço físico mínimo adequado às ações de saúde em Atenção Básica. Com um tamanho minimo, essa Unidade não oferece estrutura para que a Equipe de Saúde possa desenvolver um trabalho satisfatório, tendo em vista as seguintes (e mesmas) condições das anteriores. Não possui sala de administração e gerência, sala de espera, sala de procedimento, sala para Agente Comunitário Saúde, copa/cozinha. 

Como se tudo isso não fosse o bastante, ainda tem o fato dessa Unidade de Saúde estar cadastrada no CNES como equipe de Saúde da Família com saúde bucal, mas lá não possui vestígio algum de consultório odontológico, nem sequer espaço físico a ele reservado. 

Ainda é preciso dizer que a equipe da CGU não pode avaliar os insumos, equipamentos e instrumentos em condições de uso. Pois no dia em que eles estiveram lá, não tinha nenhum profissional de saúde da equipe a ele vinculado para atender à equipe de fiscalização.

Mas sobre o motivo disso eu falarei em outra postagem, quem sabe a tarde.  



Perante todo esse descaso, a precariedade das instalações físicas das Unidades de Saúde de Coelho Neto, a insuficiência de equipamentos, de instrumentos nas unidades de saúde, a fiscalização da CGU anotou o seguinte: "Importante destacar que não adianta construir, reformar ou ampliar as unidades de saúde do município e não dotá-las de recursos materiais, equipamentos e insumos que possibilitem um atendimento adequado em saúde pelos profissionais das equipes de saúde da família". 

Infelizmente tudo isso é muito triste, e só quem sofre é a população mais carente e necessitada de nossa cidade.








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